#PILAR5 - Sustentabilidade
- Renata Robazza
- há 11 horas
- 3 min de leitura

Turismo Regenerativo e Economia Circular: O Novo Compromisso do Setor em 2025
Em 2025, o turismo não é mais apenas uma indústria de experiências — é também um agente de transformação ambiental, econômica e social. O compromisso com a sustentabilidade e a economia circular deixou de ser um diferencial para se tornar um pilar estratégico para destinos, hotéis e operadoras que desejam se manter relevantes e competitivos.
Segundo o relatório Um Futuro Verde: O Turismo Sustentável como Prioridade 2025, publicado pela Green Initiative, 76% dos viajantes globais desejam viajar de forma mais sustentável nos próximos 12 meses, e 74% esperam que empresas do setor ofereçam opções alinhadas a esses valores. Essa mudança de comportamento exige uma revisão profunda dos modelos operacionais do turismo — e é aí que entra a economia circular.
O que é economia circular no turismo?
Diferente do modelo linear tradicional (extrair, produzir, descartar), a economia circular propõe um sistema regenerativo, onde os recursos são reutilizados, os resíduos são minimizados e os impactos ambientais são reduzidos ao máximo. No turismo, isso se traduz em:
Hospedagens que utilizam energia renovável e reaproveitam água;
Redução de plásticos de uso único e uso de amenities biodegradáveis;
Reaproveitamento de alimentos e compostagem de resíduos orgânicos;
Design de experiências com menor pegada de carbono, como trilhas, cicloturismo e gastronomia local.
Exemplos que inspiram
Bonito (MS) é referência em ecoturismo com controle de carga turística, trilhas com número limitado de visitantes e incentivo à capacitação local.
Fernando de Noronha (PE) adota políticas rigorosas de controle de resíduos e incentiva pousadas a adotarem práticas de baixo impacto ambiental.
A Rota das Falésias (CE), com apoio do Sebrae, promove capacitação de pequenos negócios turísticos com foco em sustentabilidade e valorização da cultura regional.
Além disso, o Plano Nacional de Economia Circular, lançado pelo governo federal em 2025, estabelece diretrizes para a adoção de práticas circulares em diversos setores, incluindo o turismo. A iniciativa prevê incentivos para empreendimentos que adotem modelos de reuso, retrofit e redução de desperdício.
Fortalecimento da localidade: o elo entre circularidade e identidade
A economia circular no turismo também se conecta diretamente ao fortalecimento da localidade. Ao priorizar fornecedores regionais, ingredientes nativos e mão de obra local, os empreendimentos reduzem a pegada de carbono e geram valor para a comunidade. Isso cria um ciclo virtuoso: o turista vivencia uma experiência autêntica, o destino preserva sua identidade e a economia local prospera.
A Cartilha de Gestão Municipal do Turismo 2025, da Secretaria de Turismo do Paraná, reforça esse ponto ao destacar a importância de engajar os atores locais na construção de um turismo sustentável e descentralizado.
O turismo de 2025 é circular, regenerativo e consciente. Para os profissionais do setor, o desafio é claro: repensar processos, redesenhar experiências e reimaginar o impacto que cada viagem pode gerar. Sustentabilidade não é mais um nicho — é o novo normal.
Nota sobre a autora:

Renata Robazza é Founder & CEO da MOHAP Digital e
Especialista em Marketing Digital e Negócios Interativos
É coautora convidada do Livro "Gestão Regional e Políticas Públicas de Turismo", lançado pela EACH-USP. Clique e acesse!
MBA em Midias Digitais pelo Iladec e Scuola Internazionale di Comics
Especializada em Produção e Planejamento de Conteúdo pela ESPM
Graduada pela UNESP
e atualmente se especializando em Comunicação pela ECA-USP e em Turismo pela EACH- USP
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